6.12.09

Meu próximo livro será um infantil com dez histórias sobre animais. Entre elas, a de um cachorrinho frufru que acha que é dono de seu dono.
(como a dignissíma da foto acima)

"Coração de Bicho" será lançado no primeiro semestre do ano que vem e, hoje, aproveitei para tirar a foto da orelha.

Ao lado, claro, da minha musa inspiradora, diva peluda de 3 quilos, pet pulguenta, 9 anos de pura chantagem emocional, que, como estrela de cinema que é, merece ser eternizada em prosa e verso: Peggy Lee.

Ela não é a minha cara?
Abaixo, the real Peggy Lee. Glamour total.
Sem trilha não tem graça: http://www.blogger.com/www.youtube.com/watch?=_BhNWFzRTMc&feature=related

23.11.09

Mais Paixão de Ler


Hoje, a Ana Cristina, da Secretaria Municipal de Cultura,
me mandou mais fotos do evento da semana passada, na Biblioteca Popular Municipal Vinicius de Moraes, no Leblon. (leia mais no post abaixo)
Olha minha cara de alegria, cercada pela galera.
Dou muita bandeira, né?
Amo!

10.11.09

Paixão de Ler

Hoje estive lá na Biblioteca Popular Municipal do Leblon conversando várias turmas de 5a. série.

O encontro foi parte do projeto Paixão de Ler Literatura, um mega evento, promovido pela Secretaria Municipal de Cultura, que realiza mais de 100 atividades ligadas à literatura pela cidade, só esta semana.

Debates, contações de história, conversas com escritores.

Fiquei muito feliz de ter participado desse mutirão pela leitura!
Olha eu aí embaixo toda felizinha.
A programação completa da Semana Paixão de Ler está no site:


Depois posto mais fotos!

28.10.09

Nova Onda dos Pedintes de Ônibus - eles agora são BBBs. Ou melhor, BB-Bus

Primeiro, era a selvageria do:
"Passa o relógio aí, mermão!"

Depois, veio o quase-assalto, sob a forma do:
"Eu poderia estar roubando..."

Com o surgimento do:
"Desculpe interromper a tranquilidade da sua viagem..."
vimos que a chegada de um certo treinamento corporativo dos pedintes de ônibus.
Coisa de RH.

Depois, entramos no capitalismo primário, oferecendo serviço, algo últil ao consumidor:
"A caneta Bic custa 1,80 na papelaria. Na minha mão, você leva duas por 1 real. Vermelha, preta ou azul."

Mais tarde, foi o aumento da oferta - vendendo prazer, e deixando os passageiros confusos com tanta opção.
"Chegou a alegria da sua viagem. Pelo mesmo preço, você pode levar dois saquinhos de amendoim, com casca, sem casca, japones, ou cinco balas sete bello, sabor maçã verde ou morango, ou um maxgoiabinha, ou dois bom-bons serenata de amor, ou três pastilhas garoto de hortelã, ou..."

Nos últimos meses, a nova onda:
O reality show dos pedintes.
Sempre antenados com o que acontece, eles agora dão depoimentos trágicos com comprovante de residência e CPF.
Já que o importante é ser verdade.

"Eu estou aqui, um pai de família,
passando pela vergonha de pedir ajuda,
porque fui demitido da companhia tal,
e moro no bairro tal,
rua tal, numero tal, como vocês podem ver aqui..."

Tome de tirar do bolso, notas, faturas, carteira de trabalho,
de identidade.
E nada de mostrar ferida purulenta, que isso remete à era pré-assalto!
O depoimento tem que ter detalhes e pelo menos cinco minutos de duração: contar a história, falar dos próprios sentimentos, criar imagens na cabeça do expectador, emocionar.

Hoje, na volta do trabalho, peguei a terceira história trágica da semana e confesso que mudei de canal.
Afinal, os pedintes-reality, assim como os BBBs, tem que ser bem escolhidos pela produção.

O de segunda-feira, por exemplo, não tinha dentes, quase chorou e disse que tinha uma filha doente na cama. Quando falava, o rosto ficava vermelho e as veias saltadas no pescoço.
Parecia realmente sem saída, ganhou 1 real.

O de hoje, dizia frases feitas como:
"Nem que eu pegue 10 ônibus, conseguirei os quinze reais para minha fisioterapia"
Sei lá.
Achei muito personagem. Muito ligado ao dinheiro, fazendo contas.
Conclui que ele devia estar jogando e, apesar de 5 centavos na mão, fingi que estava dormindo quando ele passou por mim.
Eliminado.

25.10.09

Confissão: Sou Viciada em Papel Machê

O papel machê é uma atividade simplesmente fascinante.

Com ele, você pode criar um mundo inteiro, utilizando apenas três ingredientes bobos, que temos sempre em casa. (Um deles, inclusive, que você já ia mesmo jogar no lixo: o jornal velho. O outro, você ia limpar você sabe o quê. - o papel higiênico.)

Como membros de uma seita, os viciados em papel machê têm a certeza mística que podem mover o mundo.
E realmente podem.
A qualquer momento, esses iniciados são capazes de fazer materializar qualquer coisa apenas no tempo da cola secar.
É só imaginar e mentalizar.
Como nos livros de auto-ajuda.

Ontem, por exemplo, eu precisava desesperadamente um iglu de 30 centímetros de diâmetro.
Ora, ora, que lojas americanas me dariam isso às 3 da tarde de um sábado?
Que indústria teria pensado tão individualmente num consumidor?

Somos todos habitantes do terceiro milênio, clientes exigentes e vorazes, que estamos aquecendo um planeta inteiro só porque precisamos muito-muito-muito daquele novo modelo de sei-lá-o-quê.

Em necessidade urgentíssima de um iglu, das duas uma:
- ou nos sentimos de mãos atadas, dependentes de algo feito na China,
- ou deprimidos, tão mal-acostumados com as coisas prontas, que não conseguimos mais acreditar que uma vasilha de sorvete virada de cabeça pra baixo possa ser um iglu.

Daí, o papel machê para nos salvar.
Ele é a resposta. O meio termo entre o a improvisação e a indústria de ponta.

Agora, sábado à noite, posso dizer:
"Eu tenho um iglu!"
Só falta pintar. É muito poder, não é, não?


Aí, está ele depois de riscado. (ok, tem um borradinho ali à esquerda, mas esse é o charme dos customizados)

E abaixo, com pintura.

P.S: Já tentei de tudo para me livrar desse vício, mas já não há retorno. Gotas de tinta branca que se eternizam no meu taco de madeira.

Abaixo, algumas das minhas criações dos últimos anos. Malévola e Bela Adormecida e seu castelo maravilhoso.


Receita de Papel Machê:
Molde sua idéia com jornal.
Acrescente detalhes de papelão ou com embalagens (esse castelo aí de cima é cheio delas).
Faça camadas de papel higiênico, ou jornal, ou papel toalha (dependendo da textura que você quer dar para a superfície).
Cubra com cola misturada com água, em partes iguais.

p.s: é claro que esse post foi secretamente elaborado para mostrar minhas habilidades artesanais para vocês. Exibida, não?

21.10.09

Jogo dos Sete Erros - Áustria ou Curicica?


Dois cenários tão praticamente idênticos que fica até difícil diferenciar.
Observemos a foto:
- A turista parece a mesma.
- O nível de satisfação da turista incrivelmente parece o mesmo.
- A grossura do casaco da turista incrivelmente parece o mesmo.
- A máquina fotográfica da turista também parece a mesma!
Ok, ok.
Digamos que os gerânios amarelos não passem no teste do Imetro para edelweiss.
E que essa grama sintética não faça muito o gosto das vaquinhas alpinas.
Mas vá lá!
Assim também já é preciosismo, né!

- As fotos foram feitas durante a gravação de uma versão chanchadesca de "A Roliça Rebelde", para o Zorra Total, com Leandro Hassum no papel-título.
Assistam em:

Aqui, com minha bonequinha de luxo e parceira na autoria do esquete supracitado, Nat Klein.

DICIONARIO DE CECILHÊS - O idioma fofo da minha filha de 5 anos

- Mãe, as pessoas quando casam vão para a nua-de-mel, certo?

Não é que faz sentido?

Mais neologismos dessa nova Houaiss da língua portuguesa em:
http://angelicalopes.blogspot.com/2008/10/dicionrio-de-cecilhs-o-idioma-fofo-da.html

http://angelicalopes.blogspot.com/2008/04/dicionrio-cecilhs-hipo-o-qu.html

6.10.09

Vi passarinho verde e não gostei. A Natureza novamente contra mim.

Quando o mundo era simplesmente o mundo e éramos movidos apenas por nosso instinto de preservação da espécie, os seres humanos tinham medo de coisas como onça pintada e trovão.

Mas assim que o mundo foi acimentado, a natureza passou a nos amedrontar com bichos mais discretos. Um mosquitinho da dengue aqui, uma salmonela no croquete ali, e, claro, os passarinhos da minha janela.

Todo ano, sem falta, eles se abancam. Nem são os mesmos. Coisa de indicação. Parece que o vão do ar-condicionado do meu quarto está em algum guia Michelin dos pássaros, com seis estrelas no quesito conforto para reprodução.

Eles fazem ninhos elaboradíssimos e põe ovos, sem fazer alarde, e só quando os filhotes clamam por comida, me dou conta da invasão.
Você, amante dos animais que me lê agora, dirá:
"Ó, mas eles são tão fofinhos..."
"Ó, mas eles são uma família..."
"Ó, mas é o milagre da natureza na sua janela!"

Ao que eu responderei:
"Mas por que logo no meu quarto?"
"Mas por que eles podem procriar se eu não posso dormir?"
"Por que tenho permissão para devorar galinhas, vacas, patos e doces coelhinhos asssados, aniquilar baratas, moscas e aranhas com uma chinelada, e não posso derrubar uns ovinhos do 4 andar?"

Acontece que meu instinto assassino vai decrescendo de acordo com o relógio.
Às cinco da manhã, sou uma primata das savanas, que grita, urra ameaças, jura vingança assim que limpar a remela.

Às oito, acordo de mau-humor, mas já consigo ver um lado bom: não perdi a hora. Eles são meu novo despertador.

De volta pra casa, ao ver papai e mamãe-passarinho indo e voltando com comida para os filhos, me comovo e juro desistir de meus planos de extermínio.

Hoje, porém, eles abusaram da sorte, me dando um vôo de ataque rasante estilo kamikaze, só porque abri a janela do meu próprio quarto.

Em represália, decidi cutucá-los com a vassoura e, durante a manobra, para qual não tenho qualquer treinamento, quase matei o porteiro que estava lá embaixo.
Vejam só: para proteger um passarinho, eu quase matei o Zé!

Diante do paradoxo de colocar em risco a própria Humanidade, pelo bem-estar de um bicho de 10 gramas, encontrei um meio termo que não atormentará a minha consciência.
Deixei o ninho no limite da queda e vou viajar por três dias.
Eles que ensinem os filhos a voar nas próximas 72 horas!
Senão...




p.s: Ah, sim, a vista da minha janela é mesmo cor-de-rosa. Sorry.
p.s2 : Vejam a última temporada do seriado "Eu mato passarinhos", em:
http://angelicalopes.blogspot.com/2009/01/insnia-e-crueldade.html

p.s3: Momentinho blog é cultura. A expressão "O QUE FOI? VIU PASSARINHO VERDE?"(que eu não concordo, obviamente) tem sua origem no seguinte costume: no século passado, namorados adestravam periquitos para levar cartas de amor para as namoradas, burlando a vigilância dos pais da donzela. ai, ai.

5.10.09

Mais uma da Sessão: "A Culpa é Toda Minha, Agora não reclama."

Estava eu na platéia do espetáculo circense "Oceano", (da Cia. Pia Fraus, direção do Hugo Possolo/Parlapatões), admirada com o que uma pessoa é capaz de fazer com os próprio corpo se não passar três décadas comendo jujubas e vendo séries da Sony.

Jurando que assim que chegasse em casa, tentaria alongar pelo menos as minhas costas e me consolando com o fato de não ser a pior ali, já que minha amiga Lúcia tinha reclamado das escadinhas que a gente precisava subir para se chegar a lona. E o Selton Mello comia pipoca na primeira fila.

Minha filha, admirada com a trapezista vestida de golfinha rosa, me cutuca.
Fiquei esperançosa. Crente que ela ia pedir para ingressar na Débora Colker no dia seguinte.
- Oi, amor?
- Mãe, olha o braço da moça. É a Índia do No Limite?
E depois, meio entediada:
- Por que eles não falam nada?

Ai, ai.
É outra que vai pelo mesmo caminho, coitada. Culpa minha.

- Tinha 300 pessoas numa fila ao ar livre. Uma delas foi brindada com cocô de gaivota na cabeça. Devo me sentir a escolhida?

- Pia Fraus é o Circo de Soleil brasileiro. Só que com ingressos a menos de 200 reais, espetáculos que não duram quatro horas e sem merchan Bradesco. Aí a gente encara.
Eles são maravilhosos, sério: http://www.piafraus.com.br/

- Confissão: Quando eu morava em SP eu era seguidora do Hugo Possolo e dos Parlapatões . Não perdia um espetáculo da companhia. Sorte deles que me mudei. Ia acabar dando uma de Misery.
Eles são maravilhosos, sério: http://www2.uol.com.br/parlapatoes/home/index.htm

(pergunta: o fato de eu ter que colocar "sério" após as indicações mostra a minha falta de credibilidade comigo mesma ou que eu sou uma chata que nunca elogia ninguém? Opa, nem precisam responder)

2.10.09

O lado certo do papel higiênico. Sim, ele existe.

Amigos são pessoas muito úteis mesmo.
Outro dia, uma amiga saiu do banheiro da minha casa dizendo:
- Seu papel higiênico estava do lado errado, mas eu já consertei.

A revelação foi um choque.
Como assim?
- Papel higiênico tem lado certo?
Ela me olhou com desprezo:
- Não acredito que você não sabe disso...

Não, eu não sabia.
Havia passado minha vida inteira sem saber de um detalhe que parecia tão óbvio para os demais presentes, que agora faziam aquela cara de "santa ignorância!" para mim.

Nunca, nunca, em toda minha existência, eu tinha reparado que: ou puxamos o papel higiênico por cima ou por baixo. E que o certo, pra quem não sabe, é por cima.

Sem querer dar o braço a torcer, me fiz de rebelde.
-Quem fez essa regra? Por que é o certo? Por que preciso seguir esses padrõezinho pré-estabelecidos?

Mas a descoberta me fez refletir sobre como o conhecimento adqüirido nos faz perder completamente a inocência.
Tipo Platão e seus homenzinhos na escuridão da caverna.

Depois que passei a saber que existe um lado certo,
simplesmente não consigo colocar mais do lado errado.
Uma maldição.
Como uma vítima de Transtorno Compulsivo Obsessivo, fico checando banheiros alheios, virando papéis colocados por pessoas inocentes que só fizeram aquilo porque, assim como eu, não sabiam o que estavam fazendo.

Fico avisando para todo mundo (esse post inclusive cumpre essa função) que o papel tem o lado certo, querendo dividir minha descoberta genial, mas todos com quem falo me olham com pena, fazendo "tsc, tsc".
Exatamente como eu fiz, anos atrás, quando um amigo veio me informar:
"Sabe aquela música "uma barata chamada kafka", dos Miquinhos? Parece que tem um livro com essa história..."
Castigo.

p.s: Fui buscar embasamento científica sobre o assunto e aí estão os perigos de se colocar papel do lado errado:

28.9.09

Deus não anda de Táxi (ou: Idéias Geniais que Nunca Teremos, ou: porque nunca deixarei de pegar ônibus)

Você está no ônibus, voltando para casa, cansada, desiludida, recosta sua cabeça no banco e descobre que: seus problemas acabaram!
Um papelzinho cuidadosamente colado com durex no teto do ônibus, com trechos realçados com caneta Lumicolor, a uma altura que ninguém consegue arrancar, brilha como uma mensagem divina, dizendo...
...
Bem...
Não lembro exatamente o que estava dizendo, a não ser que me prometia serenidade, riqueza e coisas boas na vida, caso eu lesse determinado salmo em troca.

Naquele momento, tocada pela emoção, refleti e, tal qual uma pecadora, morri de injeva do gênio que bolou a estratégia.
Se estivesse em qualquer outra parede do ônibus, o papelzinho não sobreviveria a uma selvagem viagem Rodoviária-Leblon, mas ali, ele reinava num plano superior.
E era tão pequeno, que nem todos eram capazes de vê-lo. Só encontrava aquelas doces palavras de consolo, quem estivesse realmente disposto a voltar os olhos para o céu.

Quase abordei a cobradora para dar-lhe os parabéns e perguntar porque ela não se inscrevia no profissionais do ano.

Mas recuei quando percebi que ela folheava um catalogo Avon, sinal de que se tratava de uma alma muito ligada aos prazeres mundanos, ainda escravizada por esmaltes vermelhos, tinturas platinadas e, portanto, incapaz de uma ação de marketing tão discreta.

Quem teria colocado ali, então?
Como um teto de ônibus (pelo menos, para quem tem 1,59emeio) é quase nas nuvens, desconfiei de um inside job. Também não foi uma ação de amadores. O bilhete divino estava perfeitamente centralizado, retinho em relação as janelas, ao ventilador, as barras de metal.

Foi aí que me veio a luz: foi ele! Deus que colocou a mensagem no 173. Só pode.

vale a pena ler de novo: post sobre motoristas de ônibus de 2007. (eles continuam os mesmos. incrível, não?)
http://angelicalopes.blogspot.com/search?updated-min=2007-01-01T00%3A00%3A00-02%3A00&updated-max=2008-01-01T00%3A00%3A00-02%3A00&max-results=35

22.9.09

CLIPE Melhores Momentos Bienal - Have Fun!

Essa bienal foi inesquecível! Um beijo em todo mundo que foi me prestigar.

Aqui está o vídeo com os melhores momentos!

ou, pelo link:

http://www.youtube.com/watch?v=ZPpckK2iAz0

21.9.09

Bienal do Livro - Sindrome do Dia Seguinte


Ufa!
A bienal acabou ontem e o resultado foi:

- Tendinite na mão direita de tanto autografar,
- Rouca de tanto tagalerar,
- Pés inchados de não sentar nenhum minuto e....

- FELICIDADE total de ter passado todos esses dias conhecendo meninas lindas, fofas e, principalmente, que amam ler!
Como eu.
Olha só algum delas aí...

P.s: Meninas, vou postar TOOODAS as fotos, não se preocupem!
Mas hoje, segunda-feira da ressaca total, só tenho forças para colocar um resuminho do fim de semana.
LOVE!

Conta um Mico, aê!

Essa foi a palestra que fiz na Bienal RJ, no estande da Secretaria Estadual de Cultura. O assunto foi MICOS, claro. (já que eu estava lá divulgando meu livro Micos e Micaela)

Como a palestra não tinha horário para acabar,
e reuniu uma porção e gente que passava pelos corredores,
assim que fiquei sem assunto,
coloquei todo mudo para confessar ao microfone seus próprios micos.

MICOS CAMPEÕES DA PALESTRA (dos outros, não os meus):
1 - A troca-nomes. garota que apresentou o novo namorado pra a familia com um "Gente, esse aqui é o André". Sendo que ele se chamava Alexandre. André era o Ex.

2 - O exterminador-de-cadeiras. O gordinho que sempre quebra cadeiras quando senta. A única que ele não quebrou, vou pelos ares quando ele se levantou, no meio da festa.

3 - A sonâmbula. Ela dormiu no meio da aula e quando a professoa cutucou, ela levantou a cabeça e comecou a falar palavras desconexas em grego e voltou a dormir.

Foi muito divertido!
Valeu pela participação os miquentos!

14.9.09

Fotos Bienal

O primeiro fim-de-semana da Bienal RJ bombou.
Mais de 100 mil pessoas passaram por lá só no sábado e domingo.
A maioria de jovens. Uma alegria só. Programão.
Aqui vão alguns cliques que fiz ao lado das minhas leitoras.
Não são foférrimas?
(Depois, faço um clipe com todo mundo que tirou foto comigo, tá?)


p.s: No sábado que vem (19/09) estou lá de novo!
às, 14h, no espaço da Secretaria de Cultura do Rio, setor laranja.
E, depois, a partir das 16h, no estande da Rocco, no Azul.

Bjssssss

8.9.09

BIENAL DO LIVRO RJ

A Bienal do Livro do Rio, no Riocentro, começa nessa quinta-feira (dia 10) - eba!
Escolhi passar por lá nos melhores dias, claro.
Quando aqueles corredores estiverem bombando de leitores.
Quem quiser me encontrar, pode optar pelos dois sabadões pós-praia:
SÁBADO, DIA 12 - 15h
Estande da Editora Rocco, autografando todos os meus livros.
Destaque para o mais novo: MICOS DE MICAELA.

É a chance de ter a coleção completa - Plano B, Fotos Secretas, Conspiração Astral, Vida de Modelo e Sr. Avesso - já que alguns desses títulos não se acham mais tão facilmente nas livrarias reais.
LOCAL:
Editora Rocco
Pavilhão Azul
Estandes K12/J11

SÁBADO, DIA 19 - 14h
Vou falar no espaço da Secretaria Municipal de Cultura,
no "Circuito Jovem com Angélica Lopes."
LOCAL:
Pavilhão Laranja
Estande B23

Para saber tudo sobre a Bienal (endereço, linhas de ônibus, programação e muito mais), visite:
A gente se vê lá!

27.8.09

A CARA DA DILMA!


Pergunta: O que fazer quando a SEGUNDA pessoa consecutiva chega para você, em tom de segredo e com os olhos brilhando de felicidade, para lhe dizer que te acha a cara da Dilma Roussef?

Resposta: Você pergunta "Antes ou depois da plástica?", pede licença e vai cometer harakiri no banheiro feminino.

P.S: - O primeiro tentou consertar, dizendo que Dilma era muito bonita na juventude.Fui checar, claro.

- O segundo tentou consertar dizendo que a semelhança era só física -- e não de cárater. Bem, isso já é um consolo. Eu acho.

13.8.09

TESTE

Você sabe quem é esse cara?

Dica: ele é altamente irritante.

16.7.09

Fantasia da Lipo Secreta

A lipo secreta é meu mais novo sonho inatingível.

Uma fantasia delirante que consiste em:
- fazer uma lipoaspiração mágica,
sem efeitos colaterais,
sem machas roxas de recuperação,
e, principalmente,
sem que ninguém fique sabendo do seu pequeno pecadilho e, portanto,
não possa dizer que
você é:
- uma fútil por se submeter a um procedimento agressivo por uma questão estética idiota
ou
- uma preguiçosa que vive optando pelo caminho mais fácil.

A liposecreta é feita no meio da tarde, como um encontro entre amantes.
Dura menos de uma hora e você pode chegar em casa com 6 quilos a menos, dizendo que foi ao mercado comprar refrigerante, amor, mas acredita que tinha acabado?

A liposecreta te eleva ao status de guru das suas amigas. Todas vão querer saber que dieta nova é essa que você descobriu, e você vai dizer, balançando a cabeça: "O de sempre, gente. Fechei a boca. Sem mistério."

A liposecreta é tão improvável, que quando alguém disser:
"Menina, você está linda! O que aconteceu?".
Você vai dizer:
"Nada. Será que é esse novo corte o cabelo?"

2.7.09

Pânico

Ok, conseguiram.
Cinco escolas fechadas me convenceram de que o inimigo invisível realmente se aproxima.

À minha volta, só vejo a ingenuidade tranqüila dos personagens de filmes-catástrofe, nos primeiros 15 minutos de história.

E pior: eu não sou a Julianne Moore, nem a Nicole Kidman!

Será que faço parte do elenco de apoio que desaparece logo nas primeiras cenas?
Não posso crer.

p.s: minha neura não vem de hoje, como vcs podem verificar:
http://angelicalopes.blogspot.com/2009/05/vergonha-da-mascara-cirurgica.html

28.6.09

Penteado Farah Fawcett - eu tive.

Muito se fala da sensualidade de Farah, do vício de Farah, da cara de tartaruga dos últimos tempos de Farah, do triste fim de Farah, mas o que andam esquecendo de dizer é que o grande legado da atriz foi mesmo seu penteado.
Na década de 80, todas (digo, pessoas influenciadas pela mídia, como eu) queriam ter o visual da atriz. E, no caso das louras, o chamado corte picotado em camadas era obrigatório.

O visual me acompanhou por muitos anos e, confesso, reneguei-o por outros tantos - já que, aos 15 anos, ele me deixou totalmente refém do secador, responsável por aquela levantada na franja. Com os anos 90, decretei minha liberdade. Mas, hoje, como homenagem a minha musa-capilar da adolescência, devo confessar: eu me sentia uma pantera com aquele cabelão.
Detonando.

23.6.09

A Turista Rebelde - dei um pulo e voltei

Adaptar uma história real pode exigir mais talento do que inventar.
Falo isso porque acabo de voltar de Londres (digo"Acabo de voltar de Londres", como se eu voltasse sempre de Londres e tivesse uma malinha pronta com a etiqueta Londres, outra com a etiqueta Nova York, outra Paris), onde vi montagens Romeu e Julieta e Hamlet -- histórias que já existiam timidamente antes de serem contadas por Shakespeare, e estão aí atravessando os últimos seis séculos para provar a teoria.

A primeira, com Jude-gato-Law (yeah, morram de inveja.), e a segunda, de rua, bem popular, à margem do Tâmisa, com interação da platéia, do jeito que Shakespeare gostaria de ver. Acho.



Também dei um pulo na Áustria (como é bom dizer "Dei um pulo num lugar tipo Áustria", assim como "Dei um pulo em Nova York", "Dei um pulo em Paris", mesmo que a minha realidade seja muitas vezes "Dei um pulo na Senador Dantas".

Em Salzburgo, visitei os locais onde a história dos Von Trapp foi recriada para o cinema, em A Noviça Rebelde. O filme é outro exemplo de realidade recontada, que vem se mantendo forte nos últimos 45 anos, graças à adaptação de Robert Wise.



Entre as curiosidades da realidade alteradas para a ficção:
1 - A familia Von trapp não teve aquela fuga romântica, a pé pelos Alpes. Eles pegaram um trem, com malas e tudo, dizendo que iriam fazer um show nos Estados Unidos. Tranquilidade total.

2 - Ficaram 10 anos em Salzburgo, sob domínio nazista, esperando para ver se as coisas melhoravam. No filme, tudo acontece na volta da lua-de-mel.

3 - Maria e o Barão só se casaram nos Estados Unidos, depois de 11 anos por lá. Sem paixão, para oficilizar a situação. "Eu realmente não estava apaixonada. Eu gostava muito dele, mas não o amava. Eu amava as crianças, então, de uma certa forma, eu me casei com as crianças", disse ela em sua biografia.

4 - O Barão não era sisudo, nem odiava música, como o personagem do filme. Foi ele o primeiro a incentivar os filhos a tocaram e cantarem. Como não tinha televisão, cantar era uma atividade comum entre eles, antes da chegada de Maria.

5 - A mansão do filme não era a residência da famila e sim do antigo manda-chuva da região. A casa real era bem menor. O lago e o gazebo da pegação também ficavam em propriedades diferentes, que foram reunidas na edição.

6 - Julie Andrews cantou em estilo yodelling, graças a uma dose da cachaça austríaca – schnapps. Ela não conseguia tocar e cantar ao mesmo tempo, sem esse tipo de, digamos, incentivo.

7- A queda das crianças no lago não estava no script. Foi um acidente que o diretor Robert Wise aproveitou.

8 - A Maria de verdade não era aquele docinho de coco. "Ela tinha um temperamento terrível. De uma hora para a outra, ninguém sabia o que acontecia com ela. A gente apenas esperava a tempestade passar, porque no minuto seguinte ela podia estar gentil novamente", disse sua filha caçula, numa entrevista.

9 - As hills não eram austríacas, mas alemãs.

Por essas e por outras, estou com shakespeare e hollywood: por uma boa história, quem se preocupa com veracidade dos fatos?



O que os turistas costumam fazer no tour:
- saem correndo pelas colinas, se sentindo Julie. Tenho o vídeo meu fazendo isso, óbvio, mas não vou postar, não insistam.

- dançam I´m sixteen nos bancos do gazebo (ou caramanchão, ou coreto, já tive discussões acaloradas sobre como denominar a estrutura de metal e vidro durantes os últimos dias), e administração do local agora mantém tudo trancado. Com razão.




- Se você der um google "gazebo sound of music" vão aparecer milhares de imagens iguais a essa minha aí de cima.

31.5.09

Postando de Londres

Chique, n[e?
Queria colocar uma foto, mas nao tenho cabo.
Queria falar sobre shakespeare, mas nao tenho tempo.

entao 'e so.

22.5.09

What time is it?

Minha idéia de felicidade:
passar a tarde na solidão de um play, trabalhando com cola quente.

P.s: Tô freekando - são 23h30 e sinto que preciso desesperadamente um papel celofane azul e três cartolinas vermelhas!

Sorte em baixa

Três vezes na vida encontrei dinheiro na rua.
Aos 17, no carnaval de Barra de São João, no meio do bloco das piranhas, achei uma nota que equivaleria hoje a 20 reais, toda pisoteada por foliões bêbados.

Aos 27, no revéillon de Búzios, aquele notão molhado de 50,00 trazido pelo mar até a areia da praia.

Aos 37 (mais precisamente ontem), na esquina da minha rua, foi a vez de uma reluzente moedinha de 50 centavos.

Essa retrospectiva sobre os tesouros do meu caminho me leva a três conclusões importantes:
- Ondas de sorte ocorrem apenas de 10 em 10 anos e eu acabo de queimar minha chance da década.
- Quando precisar desesperadamente de dinheiro, procure em lugares praianos, de preferência nos feriados em que bebidas alcóolicas sejam parte essencial da comemoração. Os donos tendem a praticar o desapego.
- Minha sorte piorou drasticamente nos últimos 10 anos. Desvalorização de 1000%.

(Problema: me apeguei à pequena moedinha. Depois de encontrá-la, enquanto ainda limpava o que eu sinceramente rezava para que fosse apenas terra, disse com carinho: “Você será minha moeda da sorte!”.
Por duas vezes, quis usá-la para pagar o ônibus, mas recuei na última hora.
Só que no caos da minha bolsa, ela se misturou a outras moedas de 0,50 e já não reconheço mais minha preferida.
Trágico, não?
Acho que é essa da foto acima. Mas não posso garantir.

P.S: moeda da sorte... post sobre biscoitos chinês... Repararam que estou meio mística ultimamente?
Por que será?
Resposta: Insegurança - estou em véspera de festa e de viagem e não sei qual das duas me afeta mais.