24.12.10

Foi bom para mim. E pra você?

2010 um ano foi produtivo. Quatro livros. Três programas de TV. Um filme.

Quero agradecer a mim mesma, que ralei à beça,
e aos editores, produtores e redatores que confiaram em mim e me chamaram para seus projetos, nos momentos em que eu estava sem imaginação para criar os meus próprios.

Bjs em todos!

3.12.10

Bate-papo Sobre Magia em Recife - "Senhora, a Bruxa"

Sábado foi dia de encontrar leitores pernambucanos, na Saraiva MegaStore do Shopping Recife.
Falamos sobre "Senhora, a bruxa", adaptação do romance clássico de José de Alencar com toques de terror/humor que fiz para Ed. Lua de Papel/Leya.
Foi um bate-papo ótimo, todos antenados e aficcionados por literatura de magia (séries como Crespúsculo, Harry Potter...), e atuantes também como escritores em seus próprios blogs.
amei.
Quero voltar.

Blog da Escrita Fina

A editora Escrita Fina - que conta com o talento da minha querida amiga, a editora Laura Von Boekel, e que lançou ótimos títulos nesse seu primeiro ano de vida -, agora tem seu próprio blog:
http://editoraescritafina.blogspot.com/

14.10.10

Olha quem chegou hoje! - A COITADINHA


Ela chegou!

Logo ela...
... que tinha certeza absoluta de que acabaria extraviada pelo correio,
... que sempre apostou que ninguém abriria seu pacote,
... que acreditava que ficaria esquecida na portaria,
... ou que provavelmente iria parar no lixo, confundida com uma pilha de encartes de supermercado...

... chegou hoje para alegrar meu dia.
"A coitadinha", meu novo livro infantil, sobre uma menina que acha que a vida é uma grande conspiração contra ela.
Alguma semelhança?

28.9.10

Notinha no Globo

Hoje é lançamento de "Senhora, a Bruxa" no Rio.
Depois de três lançamentos num espaço de 6 dias,
me tornei a rainha do spam, e agora estou com a sensação
de todos me acham uma chata. Vai passar, juro.

Vista área da Travessa.

25.9.10

Ficadas e Ficantes e Senhora, A Bruxa


Maratona de lançamentos:
Acima - "Ficadas e Ficantes", na Fnac Barra.

Abaixo - "Senhora, a Bruxa", na cultura da Av. Paulista.

20.9.10

Livro Novo - "Senhora, a Bruxa"


Essa semana será muito intensa para mim, com lançamento de dois novos livros.

"Ficadas e Ficantes" (post anterior), pela Rocco, no sábado, e "Senhora, a Bruxa", pela Ed. Leya, na quarta (22), em SP, e na outra terça (28), no Rio.

Esse útimo é a minha estreia no universo fantástico - uma recriação do clássico "Senhora", de José de Alencar, que, nessa versão, virou uma trama de feitiçaria.

A coleção "Clássicos Fantásticos" é inspirada no sucesso de "Orgulho e Preconceito e Zumbis", da americana QuirkBooks, e ainda conta com os títulos: "Escrava Isaura e Zumbis", "Alienista, o Caçador de Mutantes" e "Dom Casmurro e os Discos Voadores".
Para quem não se lembra, o romance "Senhora" original trata de uma mulher abandonada que, ao ficar rica, decide comprar o ex-noivo e se vingar dele.
Por falar de poder feminino - já que a personagem original seduz e compra quem está a sua volta - optei por inserir a bruxaria, como uma terceira força de Aurélia.
A história começa quando as Bruxas Blair chegam no Rio de Janeiro do início do século XIX, em busca dos três ingredientes para sua poção da vida eterna.
- Lágrimas de delisusão derramadas logo após o abandono.
- Juras de ódio proferidas por quem já jurou amor eterno;
- e gotas de sangue vertidas pelo ser amado, em ferimento feito por objeto de prata.
Para isso, elas enredam o casal apaixonado Aurélia e Fernando para fazer com que eles se amem, se odeiem e, depois, estejam a ponto de se matar.
Nem os chama de vítimas, afinal, nada de terrível acontece com eles.
Além de serem inelizes para sempre, claro.

24.8.10

Novidade boa!

A prefeitura de BH acabou de adquirir 4mil exemplares de "Coração de Bicho"!
Todos aqueles mineirinhos lindos das escolas municipais vão poder ler meu livro agora.
Amei a notícia.
Quero ir lá dar uma palestra.

13.8.10

10 Tipos de Ficantes, segundo Angélica Lopes


Clique na imagem para ler.

Conheça os dez tipos de Ficantes mais comuns, classificados por mim após exaustivas pesquisas superdesinteressadas e com foco completamente científico.
Já experimentou todos?
Abre o jogo aê, vai.

Ficante Sabonete,
Mancha no Passado,
Alguém me Belisca,
Grude,
às Escuras,
Ombro Amigo,
Fim de Festa,
Fixo,
Beija Mal
e, finalmente...
Ele, o Ficantes dos Sonhos!
(que como o próprio nome diz, não existe. Sorry.)
Em setembro, nas livrarias.

10.8.10

Chegou! A caixa de Ficadas e Ficantes e Minha Carência Postal


O carteiro da minha rua talvez não sabia a influência que ele tem sobre os meus estados mentais. Receber algo, esperando ou não, sem saber a que horas será, pode tornar a existência de alguém bem eletrizante.

Sinais de fumaça, bilhetinhos perfumados do século XIX, "pi" do celular recebendo um torpedo.

Se alguém diz: "Te mando por email", meu dedo nervoso fica apertando ininterruptamente o botão do Enviar e Receber, mesmo sabendo que a possibilidade de algo chegar milésimos de segundo após minha útima conferência é praticamente nula.

Tenho inveja dos vizinhos que têm pilhas de cartas mais altas do que a minha, mesmo sabendo que a maioria é de contas a pagar.

Minha carência postal aumenta quando o objeto de desejo é uma caixa.
- Essa caixa é pra mim, Zé?
- Noup.
- Mas aquele saco escrito Express é pra mim, certo?
- Noup.
- Nem o extrato da CEG?!
- Nada hoje, Dona Angélica. Sinto muito.

Quando Zé vira, leio o nome dos felizardos que terão o marasmo de suas tardes agitados por aquelas supresas. "Dona Hilma, do 405?" Argh. Nojenta. Quem enviaria uma encomenda rápida com carimbo confidencial para ela? Mundo injusto.

Esperar ainda é pior.
Para mim, claro. (e um pouco para o Zé também, eu acho.)
- E aí, Zé?
- Que?
- Já chegou?
- Noup.
- É uma caixa, assim, mais ou menos desse tamanho...
- A senhora já disse ontem. E anteontem também.
- De papelão.
- O elevador taí, D. Angélica.
- Qualquer coisa, me chama pelo interfone, ñada de cerimônia.
- Quer que eu aperte o botão do andar pra senhora?
- O carteiro passa às tres, né? Quem sabe hoje.
- É. Quem sabe.

Às tres em ponto, o interfone toca, saio correndo. É ela!
- Zé?!
- Ih, desculpa, D. Angélica. Liguei errado. Queria mesmo era falar com a D. Hilma.

Hoje, porém, a maior caixa da portaria - rará! - tinha o meu nomezinho nela. Toda envolta com aquele durex que embala coisas valiosas. Só faltou mesmo o papel bolha.

Nela, exemplares de FICADAS E FICANTES, meu novo livro juvenil, lançamento da Rocco, para a Bienal SP.

Peggy ia passear para fazer cocô, mas teve que segurar, já que minha urgência era muito maior do que a dela: em busca de um estilete para abrir a caixa ali mesmo.

Afinal, algum vizinho poderia aparecer e eu não perderia aquela chance de me exibir.

P.S.: Festa de lançamento em setembro. Aguardem ansiosamente o convite - pelo correio, claro.

19.7.10

UFA!

Esse ano foram três livros.
- Coração de Bicho, que saiu em abril, pela Escrita Fina.

- Ficadas e Ficantes, que vai sair na próxima semana, pela Rocco.

- E um outro ainda secreto (o editor ainda não me liberou para contar aqui sobre o projeto), mas que posso adiantar que envolve magia. Um assunto com o qual eu adorei brincar. Sairá em setembro (acho), pela Leya.

Passei a semana passada inteira, enfurnada no meu escritório,
revisando esses dois últimos
e, agora, que entreguei os dois, além do vazio existencial
comum nessas situações,
só consigo pensar em detalhes fúteis e nada literários,
como qual será a foto que vou escolher para a orelha do livro
e que a roupa usarei no lançamento.

Para a foto do Ficadas e Ficantes,
fiz o primeiro photoshop da minha vida, confesso.
Pois é...
Fiz mesmo.
Tô velha,
estou com rugas de expressão na bochecha,
as olheiras estavam pesadas naquele dia,
e resolvi fazer um botox virtual nelas.

Vejam o antes o depois.
Festival é tudo mentira.
Original com olheiras em 3D.
Meu Avatar, com pele esticada pela Plástica sme bisturi.

7.6.10

Maldita vuvuzela!

A César o que é de César. E aos sul-africanos o que é dos sul-africanos.

Foram eles que inventaram aquele cornetão de som insuportável dos jogos de futebol que só agora descobrimos (ou eu descobri, vá lá, admito minha ignorância) não se chamar "cornetão de som insuportável dos jogos de futebol", e sim vuvuzela, nome zulu que significa "fazer barulho". Ora, que surpresa.

Em época de Copa do Mundo não há quem, exceto eu, ao que parece, resista a soprar uma vuvuzela com toda força dos pulmões pra fazer... "vuuu". O que mais?

Nas lojas, elas estão lá, juntinhas, dezenas, ao alcance das crianças de todas as idades, sempre perto do caixa, ou na entrada, lugares onde o tédio e a curiosidade imperam, e toda hora "Vuuuuuu". Ninguém se envergonha de meter a boca nas vuvuzelas alheias.

-- Tem que testar o produto antes de levar, né, gente? -- uma candidata a futura dona de vuvuzela se justificou ontem nas Lojas Americanas de Copa (não da África, mas a ...cabana mesmo) quando não disfarcei o mal que ela acabara de fazer aos meus tímpanos ao soprar aquela joça.
Como se vuvuzelas dessem defeito. Ela não levou, claro. Soprou e se foi, satisfeita. Só queria mesmo... "Vuuuu!"
Ai!
Mas há situações piores. Estar, por exemplo, num estádio de futebol no país onde se inventaram as vuvuzelas.
Na cidade do Cabo, os sul-africanos construíram uma de 35 metros para fazer um supervuuu. Ainda não se sabe quem vai soprar.

Especialistas boleiros estão preocupados: o som das vuvuzelas nos estádios sul-africanos podem abafar o apito dos árbitros.

Pesquisadores alertam: o "vuuuu" das vuvuzelas emitem 127 decibéis quando o máximo para um ouvido humano não se deteriorar é 85!

O "vuuu" é altamente perigoso e o ministério da saúde mental dos seus amigos adverte:
Em caso de gol, não sopre.
Pelo menos, não perto de mim.

13.5.10

"Gato de Rua", contado por Augusto Pêssoa

O contador Augusto Pêssoa, além de ter feito uma participação especialíssima no lançamento de "Coração de Bicho", postou um vídeo, com um dos contos do livro. É a história "Gato de Rua", que fala de uma família de gatos viralatas prestes a enfrentar uma separação.

É só clicar no link:

Ou visitar o blog do Augusto:
augustopessoacontadordehistorias.blogspot.com

5.5.10

O fantasma de Brittany Murphy me persegue

A atriz Brittany Murphy morreu há uns seis meses porque queria ser magra, a base de muito vômito e remédios.

Prática que a fez sofrer uma parada respiratória no banheiro de casa, depois de três dias sem sair da beira da privada.

Um triste fim para aquela fofinha que apareceu em 1995, fazendo a esquisitinha de As Patricinhas de Beverlly Hills, uma ótima adaptação moderna e teen, do romance Emma, de Jane Austen.

Nos últimos tempos, porém, o fantasma da ex-atriz anda me assombrando.
Todo dia, ao entrar na academia, com o objetivo de ser magra, a base de muita corrida e redução de carbohidratos, dou de cara com a magreza sorridente e freak de Brittany, na capa de uma Marie Claire, talvez numa de suas últimas fotos viva.

Ninguém se lembrou de tirar a revista de lá para que Brittany finalmente descansasse em paz, o que ela bem merecia, já que vomitar consome muita energia.

Já coloquei outras revistas em cima, mesmo com um certo medo de com minha atitude evocar (e invocar) o espírito atormendado da moça, ainda sedenta por exibir sua forma esquelética pelas academias do mundo. Ainda mais agora, que realmente perdeu as gordurinhas extras.

Mas minhas tentativas de fuga foram em vão.
Como se sabe, quem é morta, sempre aparece e, para onde eu olho, Brit está lá.

Aposto que do além-túmulo, se já não tivesse batido as botinhas Gucci, Brittany estaria morrendo de inveja da minha magreza saudável.

Em vez de puxar meu pé, essa fantasma hollywoodiana descarada só pode estar querendo puxar o ponteiro da minha balança para cima.
Mas isso ela não conseguirá jamais: minha balança é digital.
Ará - Ghostbusters!

18.4.10

"Coração de Bicho" na Travessa


Lançamento é bom demais, né? Chance de reencontrar os amigos (e ficar eternamente agradecida pela presença), ver mais um projeto realizado (o sétimo!) e, principalmente, saber que a partir de agora, aquilo que eu estava com tanta vontade de dizer vai finalmente chegar a alguém.
Esse livro, particularmente, me emociona.
E olha que sou durona, hein.
Portanto, faço propaganda mesmo.

"Coração de Bicho" está à venda nas lojas da Livraria da Travessa de todo Brasil.
E também nos sites de venda de livros: Saraiva, Fnac, Cultura, Travessa e Submarino.com. Todos confiabilíssimos.
Você também pode pedir na livraria mais perto de você que encomende na editora Escrita Fina.
Fotos:
1 - Lá em cima, mãozinha na cintura e tudo, fazendo pose, do lado do banner na porta da livraria.

2 - No meio, com as duas Cecílinhas.

3 - Olhares arregalados na contação de Augusto Pessôa. Sobre a família de gatos que vai se separar.

4- Aí embaixo, eu agarradinha com o bicho-monstro, inspirado na capa e feito por mim. Quem lê esse blog sabe: não perco uma chance de colocar meu lado artesã pra trabalhar. Ainda mais se tem retalhos e feltro envolvidos. Escrever também é um artesanato, ora essa.

15.4.10

"Coração de Bicho" - Lançamento


Nesse fim-de-semana tem lançamento do "Coração de Bicho", no domingo, as 16h, na livraria da Travessa de Ipanema! Com contação de histórias de Augusto Pessoa! Vai ser o máximo. Espero todo mundo lá!
Beijão

31.3.10

Errata - Marcelo Dourado, Vencedor do BBB10

Pois é... às vezes, o moralismo impede que a gente veja com clareza. Errei na previsão anterior ao apostar no protagonista errado. É claro que Cadu era só um coadjuvante. Dourado tem uma trajetória muito mais fascinante, cheia de reviravoltas e ajudinhas do destino.

Ao vencedor, portanto, a errata.
O Repetente Recuperado - Ele ainda é bronco, mas agora sabe derramar lágrimas e, de vez em quando, ainda deixa escapar seu sorriso de menino. Marcelo Dourado participou do BBB4 defendendo sua fama de mau. Fazia ameças, ia para debaixo do edredon com outra participante, perseguia os coitadinhos. Seis anos depois, eis que ele ressurge, mais velho, calejado pela vida, dizendo-se recuperado e pedindo uma segunda chance. Pero, sín perder la grossura, jamás. Como não dar?

Lá em cima, Dourado light em 2010, sorrindo, vestido de palhaço. Fofo.
Abaixo, Dourado marrento em 2004, cara de poucos amigos. Meda.

22.3.10

Vencedores do BBB, dez protagonistas de primeira.

O BBB vem inspirando paixões e torcidas
assim como as novelas, que há 20 anos atrás,
faziam com que o país inteiro ficasse em casa
para torcer pelo castigo de Mária de Fátima,
pelo amor de Porcina e Sinhozinho e para descobrir quem, afinal de contas, tinha matado Salomão Ayala.

Nos últimos anos, enquanto o ibope das telenovelas vêm decrescendo, uma outra dramaturgia (sim, porque reality é só no nome) vem não só enlouquecendo o público, como testando e consagrando outros estilos de protagonistas e personagens.

Enquanto a novela se alimenta do velho "mocinha-gosta-de-mocinho-e-só-consegue-ser-feliz- no-final", o BBB mostra que o que não falta no mundo são histórias.

Emplacou 10 protagonistas diferentes que levaram a trama e o interesse de quem assitia até o fim.

São eles:
O Gigante Gentil. Kléber BamBam era um grande bobão, espaçoso e inconveniente. Características que faziam com que os adversários o desprezassem. Teve que contruir uma noiva Frankestein de sucata, com quem conversava no auge da solidão.
O Lobo Solitário. Ele parecia recém-saído de um western. Figurino impecável de cowboy, medalha de Nossa Senhora de Aparecida presa no chapéu. Tal qual um Clint, o Cowboy do BBB2 sabia esperar a hora certa para falar, para agir. Sabedoria talvez adquirida em duelos e rodeios.

O Malandro Encantador. Ele não era nada sincero e vivia puxando a sardinha pro seu lado, mas, fazia tudo isso sorrindo. Dominhi (assim que se escreve?) tinha um sorriso de derreter. Mesmo quando era votado por unanimidade pelos colegas, fazia piada. Nunca fechava a cara. O povo não resistiu ao seu bom-humor.
A Minoria Consciente. Jean Wyllis era ativista gay, professor universitário. Ou seja: uma pessoa acima da categoria "participante de reality show". Poderia ser considerado bom demais para ganhar, se não fosse o preconceito dos adversários que, naquela edição em especial, exalavam testosterona radioativa pra todos os lados.
Cida, a Feia. A coitadinha das coitadinhas. Feiosa, deslocada, entrou no programa pelo cupom da revista. Nos primeiros dias, sem conseguir conversar com os demais, trancava-se no quarto e gritava sozinha pulando na cama. Apaixonou-se por outro garoto-cupom que mesmo sendo um garoto-cupom a considerava apenas como amiga. Como não torná-la uma milionária?

A Mãe Sofrida. Também chegou pelo cupom. Seu papel na trama foi consolar a pobre pescadora desprezada por um bonitão. No Pará, em sua reality vida, ela tinha uma filha com uma deficiência e prometia usar o prêmio para criar uma fundação. Foi o BBB menos apaixonante, mas as criancinhas agradecem até hoje. Depois de Marta, a promoção do cupom chegou ao fim. Não dava história boa.
O príncipe romântico. Esse sim, era herói de novelão mexicano. Louro, lindo e macho. Tão macho que dividia seus sentimentos entre o amor verdadeiro, com aquela que era para casar, e o flerte sem pretensões, com aquela que era para curtir. Ficava com Siri e Fanny ao mesmo tempo e, nisso não via crime. Afinal, que fazem essas leis são próprios envolvidos. As duas até ficaram amigas, como as esposas de um sultão. Quando a mocinha foi eliminada, Diego Alemão jurou - e cumpriu! - não recorrer nunca mais aos prazeres da amante e se vingar um a um dos que ousaram os separar. Não deu outra.

O Namorado fiel. Ele era um fofo. Boa praça, engraçado e -- apaixonado por uma noiva que ficara no mundo real. Bundas espevitadas rebolavam a sua frente, colegas mal-intencionadas tentavam embebedá-lo, mas Rafinha, firme, simplesmente virava a cara para as tentações. Consquistou todas as espectadoras. Quem não quer um namorado desses?

O Artista Atitude. Max era moderno e tinha muitas idéias. Muitas delas estampadas na sua pele, como Maximize-se. Dizer o que pensa, partir para a exposição de idéias e pensamentos, se mostrar com conteudo, além de sempre querer o combate, mesmo sendo o mais franzino entre os bombadões de sua edição, levaram Max ao seu milhão.

E agora?
Sei que posso ter que mudar esse post daqui a alguns dias.
Mas tal qual uma mãe Dinah, tentarei fazer minha previsão.
O vencedor do BBB 10 será...

O amigo de todas as horas. Cadu é o amigo zeloso. Aquele que carrega as malas, se oferece para limpar o banheiro, ajuda a organizar a prova, lembra dos aniversários. Outro dia, Bial deu uma orientação errada para o grupo, e lá veio Cadu, solícito: "Não é de outro jeito, Bial?" E o apresentador se corrigiu. Com Cadu do lado, pra que se preocupar? Está tudo sempre sob controle.

16.3.10

Perdeu Playboy

Devemos estar sempre preparados para os momentos PerdeuPlayboy da vida, que podem nos arrebatar em diferentes gradações.

A pontuação master do PerdeuPlayboy foi o recente Perdeu Playboy Haiti, e suas variações Perdeu Playboy Chile, Perdeu Playboy Placas Tectônicas Cambaleantes pelo mundo.

Nele, perde-se o teto, o chão, e só sobrevive quem por sorte não perdeu aquela garrafinha de coca-cola de 300 ml que te mantém vivo nos escombros por mais de 10 dias.

A escala intermediária é o Perdeu Playboy Hélcio, batizado assim em homenagem a um amigo meu que, na década de 90, teve a mala roubada na rodoviária Novo Rio e ficou, de uma hora para outra, sem todas as suas roupas, com exceção das que ele tinha no corpo. Mesmo sendo ele um espécime do sexo masculino, desapegado de grifes e drapeados da moda, Hélcio não se recuperou. Vez por outra, tinha momentos nostálgicos ao encontrar a foto de uma antiga bermuda que, ingrata, nunca mais lhe mandou notícias.

O terremeto que abalou minha vida recentemente foi o moderníssimo Perdeu Playboy HD.
Como todos sabem, ou deviam saber para evitar essa modalidade de Perdeu Playboy em suas vidas, o HD é uma caixa dentro do computador que guarda tudo que está lá e que pode eventualmente, e especialmente numa quinta-feira pós-apagão, queimar.
Ou corromper, para usar o termo técnico, exterminando coisas bobas, comparadas à tremores de terra de 7.8 na escala ritcher, como mais de 300 mil fotos de uma pessoa completamente obcecada por registros, mas não por backups.

Textos inéditos, quem sabe genais, que nunca mais terão a chance de ser publicados ou de me levar a cadeira 36 da Academia Brasileira de Letras, que agora está até de fardão novo.

Assim como as vítimas do Haiti, a primeira reação a um PerdeuPlayboy dessa magnitude é a espera de um milagre.
“Sim, os Estados Unidos vão ajudar!” Ou: “Parece que existem oficinas especializadas em recuperação de dados…”

Depois, dá aquela sensação de liberdade ressentida. Ora, se paredes já que elas caíram, não preciso mais consertar as infiltrações. Posso viver numa barraca na base militar brasileira, posso passar o resto dos meus dias só com as fotos de papel.

Mas, passada a fase libertária, o individuo percebe que o único caminho é esquecer.
Esquecer tudo o que ficou para trás e só guardar um único ensinamento na memória, devidamente copiado para o pen-drive: ups, don´t do it again.

13.3.10

Saiu no Globinho!


Coração de Bicho saiu hoje na coluna Sopa de Letras,
do Douglas Duarte, do site o livreiro, publicada no Globinho.
O Douglas aproveitou meu livro e uma nova edição das fábulas de Esopo (companhia mais chique, né?) para mostrar que as fábulas não tem nada de chato.
Para ler a coluna, clique na imagem acima duas vezes,
ou acesse O livreiro, através do link:

12.3.10

Lançamento da Escrita Fina

Oba. O lançamento de Coração de Bicho foi marcado.
Será daqui a um mês, dia 18 de abril, na Travessa de Ipanema.
Nesse fim de semana, porém, sábado (13/02), às 17h, no Museu da República, no Rio, tem o lançamento do primeiro livro da novíssima editora Escrita Fina (também responsável pelo Coração).

Treze Contos de Violas e Violeiros, do meu amigo Fábio Sombra. Vai ter violeiros e tudo! Levem a criançada!

Mais sobre a editora Escrita Fina em:

Mais sobre o Fábio Sombra em:

9.3.10

Perrengue da Mudança - Saiu até na Capricho!

Momentinho Astrologia.

A lua pode estar onde ela quiser, em conjunção com o planeta que for, que meu signo nunca está pronto para mudanças.
O escorpião, tadinho, é um pobre de um bichinho, minúsculo, que carrega sobre sua cabeça um ferrão cheio de veneno, e que tem por hábito e por instinto natural sempre achar que alguma gota do veneno pode cair e aí... ferrou.

Essa doutrina de pensamento do "E aí ferrou..." faz com que os nativos do signo considerem tudo um risco e, portanto, a táctica de continuar sempre onde estão, debaixo de uma pedra no deserto, ou na frestinha de algum galpão abandonado, é sempre a opção mais segura.

Portanto, odeio mudar. E a culpa é dos astros, viu?
Problema já devidamente esmiuçado no post: http://angelicalopes.blogspot.com/2005/09/minha-maior-neura-mudana.html

Mas já não me desespero tanto como antes. Afinal, também há vida depois do "E aí ferrou.", que sempre se transforma num "Ai, gente, tenho que parar de me preocupar demais por bobeira!"

Por isso, escrevi Micos de Micaela, sobre uma menina que muda de cidade, sofre de "E aí ferrou!" e tudo termina bem.

Na Capricho de janeiro, participei de uma matéria dando dicas para uma menina que ia mudar de cidade. Olha a matéria aí embaixo!
Com dicas de uma psicologa, da galera Capricho e do Di do NXZero, que já se mudou 5 vezes de cidade! Coitado.

Para ilustrar, a Annie do 90210, outra vítima do E aí... ferrou!
Para ler, clique duas vezes na imagem.

6.3.10

DDA - Deficit de Atenção

Os fatos reais a seguir ocorreram entre as 22horas de ontem e as 10 da manhã e hoje.
Pi. pi. pi.

- Carreguei o celular no carregador do MP3 e fiquei fora do ar o dia inteiro. (o pior é que o plug encaixou!)
- Coloquei adoçante na salada mais cara da cidade e tive que engolir o prejuízo. Além de abobrinha com alface doce.
- Queria levar um froyo sem teclar a senha na maquinhinha, e, depois, deixei o cartão de banco de cortesia para o homem.
- Fui tomar 1 comprimido e tomei - DOIS!(?)
- O sinal vermelho de pedestre acendeu e eu fui.
- Não acerto um substantivo. "Está ali em cima da.... da... você sabe... da... Daquela coisa ali!" (no caso, mesa)

Daí pra tomar sapólio radium no café-da-manhã está um pulo.
Tem uns quinze dias que estou assim:
com meu cérebro funcionando em sistema de fui ali e já volto.
Rebelde, ele não liga mais a mínima para o que eu estou fazendo no momento. Só pensando no que farei em seguida. Como um funcionário que põe o paletó no encosto da cadeira. Uma holografia fingindo ser a minha mente, que está em qualquer outro lugar, menos ali.

O histórico de arteriosclerose da minha familia é alarmante. Avó, tio-avós. Meu tio e meu pai indo pro mesmo caminho de, um belo dia, começar a não falar lé com cré, abrir o chuveiro e esquecer o que tinha ido mesmo fazer no banheiro, vestir a roupa do lado avesso. E pior: sair dizendo verdades por aí.

Sei que ainda não sou a primeira na linha de sucessão e confio nos avanços da medicina para daqui uns 20 anos. Mesmo assim, depois dessas últimas 24horas, algum tipo de prevenção se faz urgente.
Geriatra já!

P.S: Na última terça, esqueci o feijão no fogo e queimei. Mas nesse caso não foi DDA, foi BBB mesmo.

19.2.10

LIVRO NOVO! Coração de Bicho

Aí está ele.

Meu novo livro: Coração de Bicho - Fábulas Modernas,
editado pela novíssima Escrita Fina.
São dez histórias para jovens leitores, nível avançado,
sobre animais vivendo fortes emoções humanas.

A sede de vingança de um coelhinho felpudo que quer assassinar seu dono.
A solidão do peixe de áquario que nunca encontrou outro igual a ele.
A inveja da tartaruga careca e centenária que divide a varanda com uma gata persa.
A paixão da mosquita que arrisca tudo por amor a um humano prestes a espatifá-la.

Chamei de fábulas modernas porque os bichos não vivem em florestas, ou na mata, mas em paisagens urbanas. Gatos de rua, papagaios de petshop, ácaros de tapete, iguana de gaiola, cão frufru de sofá e, claro, o bicho-homem.

Essa capa supercool, do estúdio retina78, ganhou estilo toy-art já que meus bichos são meio mostrinhos mesmo. Adorei.
Festa de lançamento em abril, mas já nas livrarias em março.

27.1.10

efeito estufa


Três itens de extrema necessidade estão em falta nesse início de Janeiro, no Rio 50 graus.
1- Ar-condicionado. Nem o próprio Ricardo Eletro dando sua palavra de dono e pedindo pelo-amor-de-deus para seus atendentes, consegue descolar um.
2- Cloro de piscina. Estranhamente, só nas categorias pastilha e granulado azul.
E, vejam só...
3 - o calmante Rivotril.

Minha prima, que precisa desse componente químico desesperadamente por estar a seis dias de seu casamento, foi ontem a sete farmácias e não achou.

Esses índicios me fazem chegar a uma conclusão de que:
tanto um ar-condicionado como um mergulho na piscina têm (vou botar com acento mesmo, porque não aguento) efeito calmante e deveriam ser legitimados pelo mundo médico por seu efeito diazepínico.

-- Meu problema tem cura, doutor?
-- A senhora vai ter que me dar dois mergulhos, um de manhã e outro antes de dormir. Depois vamos fazer dez sessões no modo floquinho do seu springer. Só depois do tratamento, a senhora volta ao trabalho. Taqui a receita.

Pergunta que não quer calar:
- Será paranóia minha, mas existe um plano conspiratório, engendrado pelo mesmo grupo terrorista que tenta nos convencer de que é ridículo alguém ter TV com corcunda, para que todos passem a ter ar split em suas casas?
Poxa, eu já tenho o meu buraco! E zelo muito pela integridade dele - não vou aumentá-lo.

Não mesmo.