12.12.06

EXPO LIVROS

Fui convidada para participar da exposição De repente, Livros, na Galeria A Gentil Carioca (Centro - R. Gonçalves Ledo, 17, pç Tiradentes).

A missão era a seguinte: escolher 5 livros, a partir de qualquer parâmetro. Os melhores, os mais queridos, os mais marcantes, os mais inspiradores, os mais a mão, os que não páram na estante, os que estão na cabeceira, os primeiros, os últimos, os essenciais.

Achei que seria difícil, mas foi facílimo.
Cortar, resumir e objetivar têm sido minhas especialidades ultimamente.

Eis a minha lista:
Inglesas do Séc XIX - Jane, Mary Evans, Charlotte, Emily… O chá Lady Grey é em homenagem a elas, minhas inglesas de todos os dias. Nesta edição portuguesa de 1954, o romance mais maduro de Jane Austen, Persuasion, ganha um título traduzido bem folhetinesco: Sangue Azul.

Monteiro Lobato - Por ter enriquecido minha infância e por me lembrar até hoje de que fantasia e realidade podem se misturar sem cerimônia. Aqui, a primeira edição de Reinações de Narizinho, que deu início à coleção Sítio do Pica-Pau Amarelo.

Victor Hugo - Por me inspirar a construir estruturas dramáticas capazes de sustentar a expectativa do leitor por centenas de páginas. E por criar personagens com conflitos insolúveis, como os quase gregos Jean Valjean e Javert, de
Os Miseráveis.

Eça de Queirós - Charme e humor. Nesta elegante edição ilustrada de A Tragédia da Rua das Flores, podemos ver retratados os tipos da elite portuguesa do séc. XIX que Eça descreveu com tanta ironia e inteligência em sua obra.

Angélica, a Marquesa dos Anjos - A série de folhetins de Ane e Serge de Gorlon tem mais de 30 títulos, como: A indomável, A vingança, O triunfo. Os Amores de Angélica é o primeiro.
A ilustração pulp da minha homônima me dá um gostinho de protagonista.

Além dos livros, cada convidado montou um canto de leitura. Me pediram uma cadeira, mas acabei mandando um colchonete com almofadas laranjas, por achar mais apropriado e confortável.

O Globo deu Matéria:

O JB também: