31.3.10

Errata - Marcelo Dourado, Vencedor do BBB10

Pois é... às vezes, o moralismo impede que a gente veja com clareza. Errei na previsão anterior ao apostar no protagonista errado. É claro que Cadu era só um coadjuvante. Dourado tem uma trajetória muito mais fascinante, cheia de reviravoltas e ajudinhas do destino.

Ao vencedor, portanto, a errata.
O Repetente Recuperado - Ele ainda é bronco, mas agora sabe derramar lágrimas e, de vez em quando, ainda deixa escapar seu sorriso de menino. Marcelo Dourado participou do BBB4 defendendo sua fama de mau. Fazia ameças, ia para debaixo do edredon com outra participante, perseguia os coitadinhos. Seis anos depois, eis que ele ressurge, mais velho, calejado pela vida, dizendo-se recuperado e pedindo uma segunda chance. Pero, sín perder la grossura, jamás. Como não dar?

Lá em cima, Dourado light em 2010, sorrindo, vestido de palhaço. Fofo.
Abaixo, Dourado marrento em 2004, cara de poucos amigos. Meda.

22.3.10

Vencedores do BBB, dez protagonistas de primeira.

O BBB vem inspirando paixões e torcidas
assim como as novelas, que há 20 anos atrás,
faziam com que o país inteiro ficasse em casa
para torcer pelo castigo de Mária de Fátima,
pelo amor de Porcina e Sinhozinho e para descobrir quem, afinal de contas, tinha matado Salomão Ayala.

Nos últimos anos, enquanto o ibope das telenovelas vêm decrescendo, uma outra dramaturgia (sim, porque reality é só no nome) vem não só enlouquecendo o público, como testando e consagrando outros estilos de protagonistas e personagens.

Enquanto a novela se alimenta do velho "mocinha-gosta-de-mocinho-e-só-consegue-ser-feliz- no-final", o BBB mostra que o que não falta no mundo são histórias.

Emplacou 10 protagonistas diferentes que levaram a trama e o interesse de quem assitia até o fim.

São eles:
O Gigante Gentil. Kléber BamBam era um grande bobão, espaçoso e inconveniente. Características que faziam com que os adversários o desprezassem. Teve que contruir uma noiva Frankestein de sucata, com quem conversava no auge da solidão.
O Lobo Solitário. Ele parecia recém-saído de um western. Figurino impecável de cowboy, medalha de Nossa Senhora de Aparecida presa no chapéu. Tal qual um Clint, o Cowboy do BBB2 sabia esperar a hora certa para falar, para agir. Sabedoria talvez adquirida em duelos e rodeios.

O Malandro Encantador. Ele não era nada sincero e vivia puxando a sardinha pro seu lado, mas, fazia tudo isso sorrindo. Dominhi (assim que se escreve?) tinha um sorriso de derreter. Mesmo quando era votado por unanimidade pelos colegas, fazia piada. Nunca fechava a cara. O povo não resistiu ao seu bom-humor.
A Minoria Consciente. Jean Wyllis era ativista gay, professor universitário. Ou seja: uma pessoa acima da categoria "participante de reality show". Poderia ser considerado bom demais para ganhar, se não fosse o preconceito dos adversários que, naquela edição em especial, exalavam testosterona radioativa pra todos os lados.
Cida, a Feia. A coitadinha das coitadinhas. Feiosa, deslocada, entrou no programa pelo cupom da revista. Nos primeiros dias, sem conseguir conversar com os demais, trancava-se no quarto e gritava sozinha pulando na cama. Apaixonou-se por outro garoto-cupom que mesmo sendo um garoto-cupom a considerava apenas como amiga. Como não torná-la uma milionária?

A Mãe Sofrida. Também chegou pelo cupom. Seu papel na trama foi consolar a pobre pescadora desprezada por um bonitão. No Pará, em sua reality vida, ela tinha uma filha com uma deficiência e prometia usar o prêmio para criar uma fundação. Foi o BBB menos apaixonante, mas as criancinhas agradecem até hoje. Depois de Marta, a promoção do cupom chegou ao fim. Não dava história boa.
O príncipe romântico. Esse sim, era herói de novelão mexicano. Louro, lindo e macho. Tão macho que dividia seus sentimentos entre o amor verdadeiro, com aquela que era para casar, e o flerte sem pretensões, com aquela que era para curtir. Ficava com Siri e Fanny ao mesmo tempo e, nisso não via crime. Afinal, que fazem essas leis são próprios envolvidos. As duas até ficaram amigas, como as esposas de um sultão. Quando a mocinha foi eliminada, Diego Alemão jurou - e cumpriu! - não recorrer nunca mais aos prazeres da amante e se vingar um a um dos que ousaram os separar. Não deu outra.

O Namorado fiel. Ele era um fofo. Boa praça, engraçado e -- apaixonado por uma noiva que ficara no mundo real. Bundas espevitadas rebolavam a sua frente, colegas mal-intencionadas tentavam embebedá-lo, mas Rafinha, firme, simplesmente virava a cara para as tentações. Consquistou todas as espectadoras. Quem não quer um namorado desses?

O Artista Atitude. Max era moderno e tinha muitas idéias. Muitas delas estampadas na sua pele, como Maximize-se. Dizer o que pensa, partir para a exposição de idéias e pensamentos, se mostrar com conteudo, além de sempre querer o combate, mesmo sendo o mais franzino entre os bombadões de sua edição, levaram Max ao seu milhão.

E agora?
Sei que posso ter que mudar esse post daqui a alguns dias.
Mas tal qual uma mãe Dinah, tentarei fazer minha previsão.
O vencedor do BBB 10 será...

O amigo de todas as horas. Cadu é o amigo zeloso. Aquele que carrega as malas, se oferece para limpar o banheiro, ajuda a organizar a prova, lembra dos aniversários. Outro dia, Bial deu uma orientação errada para o grupo, e lá veio Cadu, solícito: "Não é de outro jeito, Bial?" E o apresentador se corrigiu. Com Cadu do lado, pra que se preocupar? Está tudo sempre sob controle.

16.3.10

Perdeu Playboy

Devemos estar sempre preparados para os momentos PerdeuPlayboy da vida, que podem nos arrebatar em diferentes gradações.

A pontuação master do PerdeuPlayboy foi o recente Perdeu Playboy Haiti, e suas variações Perdeu Playboy Chile, Perdeu Playboy Placas Tectônicas Cambaleantes pelo mundo.

Nele, perde-se o teto, o chão, e só sobrevive quem por sorte não perdeu aquela garrafinha de coca-cola de 300 ml que te mantém vivo nos escombros por mais de 10 dias.

A escala intermediária é o Perdeu Playboy Hélcio, batizado assim em homenagem a um amigo meu que, na década de 90, teve a mala roubada na rodoviária Novo Rio e ficou, de uma hora para outra, sem todas as suas roupas, com exceção das que ele tinha no corpo. Mesmo sendo ele um espécime do sexo masculino, desapegado de grifes e drapeados da moda, Hélcio não se recuperou. Vez por outra, tinha momentos nostálgicos ao encontrar a foto de uma antiga bermuda que, ingrata, nunca mais lhe mandou notícias.

O terremeto que abalou minha vida recentemente foi o moderníssimo Perdeu Playboy HD.
Como todos sabem, ou deviam saber para evitar essa modalidade de Perdeu Playboy em suas vidas, o HD é uma caixa dentro do computador que guarda tudo que está lá e que pode eventualmente, e especialmente numa quinta-feira pós-apagão, queimar.
Ou corromper, para usar o termo técnico, exterminando coisas bobas, comparadas à tremores de terra de 7.8 na escala ritcher, como mais de 300 mil fotos de uma pessoa completamente obcecada por registros, mas não por backups.

Textos inéditos, quem sabe genais, que nunca mais terão a chance de ser publicados ou de me levar a cadeira 36 da Academia Brasileira de Letras, que agora está até de fardão novo.

Assim como as vítimas do Haiti, a primeira reação a um PerdeuPlayboy dessa magnitude é a espera de um milagre.
“Sim, os Estados Unidos vão ajudar!” Ou: “Parece que existem oficinas especializadas em recuperação de dados…”

Depois, dá aquela sensação de liberdade ressentida. Ora, se paredes já que elas caíram, não preciso mais consertar as infiltrações. Posso viver numa barraca na base militar brasileira, posso passar o resto dos meus dias só com as fotos de papel.

Mas, passada a fase libertária, o individuo percebe que o único caminho é esquecer.
Esquecer tudo o que ficou para trás e só guardar um único ensinamento na memória, devidamente copiado para o pen-drive: ups, don´t do it again.

13.3.10

Saiu no Globinho!


Coração de Bicho saiu hoje na coluna Sopa de Letras,
do Douglas Duarte, do site o livreiro, publicada no Globinho.
O Douglas aproveitou meu livro e uma nova edição das fábulas de Esopo (companhia mais chique, né?) para mostrar que as fábulas não tem nada de chato.
Para ler a coluna, clique na imagem acima duas vezes,
ou acesse O livreiro, através do link:

12.3.10

Lançamento da Escrita Fina

Oba. O lançamento de Coração de Bicho foi marcado.
Será daqui a um mês, dia 18 de abril, na Travessa de Ipanema.
Nesse fim de semana, porém, sábado (13/02), às 17h, no Museu da República, no Rio, tem o lançamento do primeiro livro da novíssima editora Escrita Fina (também responsável pelo Coração).

Treze Contos de Violas e Violeiros, do meu amigo Fábio Sombra. Vai ter violeiros e tudo! Levem a criançada!

Mais sobre a editora Escrita Fina em:

Mais sobre o Fábio Sombra em:

9.3.10

Perrengue da Mudança - Saiu até na Capricho!

Momentinho Astrologia.

A lua pode estar onde ela quiser, em conjunção com o planeta que for, que meu signo nunca está pronto para mudanças.
O escorpião, tadinho, é um pobre de um bichinho, minúsculo, que carrega sobre sua cabeça um ferrão cheio de veneno, e que tem por hábito e por instinto natural sempre achar que alguma gota do veneno pode cair e aí... ferrou.

Essa doutrina de pensamento do "E aí ferrou..." faz com que os nativos do signo considerem tudo um risco e, portanto, a táctica de continuar sempre onde estão, debaixo de uma pedra no deserto, ou na frestinha de algum galpão abandonado, é sempre a opção mais segura.

Portanto, odeio mudar. E a culpa é dos astros, viu?
Problema já devidamente esmiuçado no post: http://angelicalopes.blogspot.com/2005/09/minha-maior-neura-mudana.html

Mas já não me desespero tanto como antes. Afinal, também há vida depois do "E aí ferrou.", que sempre se transforma num "Ai, gente, tenho que parar de me preocupar demais por bobeira!"

Por isso, escrevi Micos de Micaela, sobre uma menina que muda de cidade, sofre de "E aí ferrou!" e tudo termina bem.

Na Capricho de janeiro, participei de uma matéria dando dicas para uma menina que ia mudar de cidade. Olha a matéria aí embaixo!
Com dicas de uma psicologa, da galera Capricho e do Di do NXZero, que já se mudou 5 vezes de cidade! Coitado.

Para ilustrar, a Annie do 90210, outra vítima do E aí... ferrou!
Para ler, clique duas vezes na imagem.

6.3.10

DDA - Deficit de Atenção

Os fatos reais a seguir ocorreram entre as 22horas de ontem e as 10 da manhã e hoje.
Pi. pi. pi.

- Carreguei o celular no carregador do MP3 e fiquei fora do ar o dia inteiro. (o pior é que o plug encaixou!)
- Coloquei adoçante na salada mais cara da cidade e tive que engolir o prejuízo. Além de abobrinha com alface doce.
- Queria levar um froyo sem teclar a senha na maquinhinha, e, depois, deixei o cartão de banco de cortesia para o homem.
- Fui tomar 1 comprimido e tomei - DOIS!(?)
- O sinal vermelho de pedestre acendeu e eu fui.
- Não acerto um substantivo. "Está ali em cima da.... da... você sabe... da... Daquela coisa ali!" (no caso, mesa)

Daí pra tomar sapólio radium no café-da-manhã está um pulo.
Tem uns quinze dias que estou assim:
com meu cérebro funcionando em sistema de fui ali e já volto.
Rebelde, ele não liga mais a mínima para o que eu estou fazendo no momento. Só pensando no que farei em seguida. Como um funcionário que põe o paletó no encosto da cadeira. Uma holografia fingindo ser a minha mente, que está em qualquer outro lugar, menos ali.

O histórico de arteriosclerose da minha familia é alarmante. Avó, tio-avós. Meu tio e meu pai indo pro mesmo caminho de, um belo dia, começar a não falar lé com cré, abrir o chuveiro e esquecer o que tinha ido mesmo fazer no banheiro, vestir a roupa do lado avesso. E pior: sair dizendo verdades por aí.

Sei que ainda não sou a primeira na linha de sucessão e confio nos avanços da medicina para daqui uns 20 anos. Mesmo assim, depois dessas últimas 24horas, algum tipo de prevenção se faz urgente.
Geriatra já!

P.S: Na última terça, esqueci o feijão no fogo e queimei. Mas nesse caso não foi DDA, foi BBB mesmo.