Alerta Vermelho! Estou repassando a ilusão do príncipe encantado para minha filha de 2 anos!
Mas juro: a culpa não é minha!
E nem da Disney!
Observando o comportamento dela, estou totalmente convencida de
que deve ser algum desejo atávico impresso no DNA feminino,
alguma característica evolutiva de preservação da espécie, um instinto de filhote de primata-fêmea que acha que um macacão forte pode resolver tudo, caso um mamute apareça!
Sei lá o que dá nessa menina! O fato é que: apesar dela ter 90 centímetros de altura, basta aparecer um homem bonito na tela que ela diz:
- Um Princi!!!! Óia, mamãi, un princi!
Tão derretida e sorridente que já antevejo sérias desilusões no futuro! E vai explicar que em determinadas histórias seria de bom tom torcer para a Fera, para o Shrek, para o Corcunda de Notre Dame.
Que nada. Ela é cheia de preconceitos.
É feio? É velho? É magro e esquisito?
Está desclassificado! Que se dane o bom coração e a beleza interior!
Chega a dar gritinhos pelo Gaston (caso vcs não sejam Phds em Disney, como eu sou agora, Gaston é o brucutu sem escrúpulos, que quer casar a força com Bela e matar a Fera).
Ela consegue ver príncipe até onde não tem! Hércules, Tarzan, o consquistador inglês de Pocahontas (ai, meu deus, a que ponto eu cheguei!) foram todos reduzidos a esse conceito, que agora é o mais forte no imaginário dela, ao lado apenas da Bruxa e do Lobo Mau.
Ou seja:
primeiro, ela registrou o Perigo, o instinto de sobrevivência.
Depois, o prazer, a perpetuação da espécie!
Ela só tem DOIS ANOS!!!
Daí, como mãe que respeita os interesses genuínos da filha,
e quer estimular as idéias dela e não as minhas,
fiz algo que pode ser perigoso e não-recomendável: comprei um boneco que atende pelo nome de "Príncipe Sthefan" na liquidação da Casa e Vídeo!!!
Resultado: ela dorme há dois dias com ele!
Fiz mal, não fiz?
E agora?
Um comentário:
Hahahaha! Não importa o que tu fizer, ela vai repetir os nossos erros ;-)
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