Voltei. Na foto, eu e Borges no Café Tortoni.
"Na ardente manhã de fevereiro em que Beatriz Viterbo morreu, depois de uma imperiosa agonia que não cedeu um só instante nem ao sentimentalismo nem ao medo, notei que os painéis de ferro da Praça da Constituição tinham renovado não sei que anúncio de cigarros; o facto doeu-me, pois compreendi que o incessante e vasto universo já se afastava dela e que essa mudança era a primeira de uma série infinita."
O Aleph
2 comentários:
Angélica, que surpresa, você é fã de Borges?! Ou tá só tirando onda? Um conhecido meu argentino dizia que Borges é literatura de menino, que as mulheres se identificavam mesmo era com o Cortázar. Machismo à parte, não sei se é fato, mas que é raro ver mulher citando Borges, ah, isso é. Parabéns pelo bom gosto. O "Aleph" é um dos contos mais belos e sentimentais que eu conheço.
PC
Esse início é lindo demais. A vida continua já no minuto seguinte após a morte. Como diria Zeca Pimenteira (mostrando que temos referências bem ecléticas e extremas, digamos assim): "Queria começar um conto assim..."(ARREGALA OLHO)
Postar um comentário