Ele sempre foi um tímido.
Último da fila, esticava o pescoço para ver o mundo aqui fora.
Como mãe ocupada de muitos filhos - 28, para ser exata -, nunca lhe dei a devida atenção.
Na única vez em que pediu ajuda, queixando-se do irmão mais novo, sem juízo, que o empurrava pela raiz, defendi-o. Por compaixão, por seu jeito triste de me pedir, para castigar quem queria se impor à força, optei por ele. Naquela época, não temia o futuro.
Sofreu o primeiro baque ao encarar uma barra de cereais. O acidente levou-lhe uma parede, uma parede e meia, mais uma pontinha, uma lasca. Sobreviveu e, a mim, ofereceram água. Bochechei e cuspi.
Ontem, duas paredes, já cansadas pela falta da outra, desabaram e, entre escombros, resta agora apenas uma solitária pilastra, condenada à demolição.
Se foi um gergelim escapulido da baguete?
Quem saberá?
Adeus, meu segundo molar.
Agradecimentos especiais:
- à Dra. Lília, que me salvou no meio do fim-de-semana, retirando os últimos destroços.
- à Dra. Débora, que garantiu 3 anos de sobrevida após o primeiro bombardeio.
5 comentários:
tadinho do dente,
chique no RJTV.
quem pódeeeeee, pódeeeeee!
mas eu sou da BAND! aahauahuahua
Te adorooooo
saudades bjs
triste, né?
mas vou me recuperar!
Coitado....
Beijitossssss
poooxa, doeu muito? =(
beeijo !
Doeu!
Mas tive uma boa noticia:
as raizes do coitadinho eram fusionadas.
Ou seja, em vez daquelas quatro perninhas, ele tem uma grossa.
Uma anomalia que é ÓTIMA para meter um pino dentro e colocar um dente fake em cima!
Ou seja, meu dentinho moribundo, ainda continuará vivo, não apenas no meu coração e na minha lembrança, mas da gengiva para baixo.
OBS: Mari, ficar velha é uma M!
Aproveita seus 15 anos e vai escovando esses dentinhos!
bjssssss
8.5.08
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